Foi na alcova fenestrada,
que fui de flor à fera.
Elevados no roseo da escada,
sentimos o velho eco da bela era.
Desejos, foto e palavra, não ouvida, nem falada...
Úmido abraço, delícia de quem não espera!
No banho palaciano, a vista vidrada luzia a pele marcada.
Sons e sinais, da refrega estranha e da volúpia sincera!
E lá se foi, depois da despedida engasgada.
Ao esvaziar o ar do seu cheiro, anulou minha primavera.
Depois das reflexões embaçadas, mais nada.
E foi ali, naquela feliz alcova fenestrada,
que me fiz, ao ver a chuva na matriz,
mais comum e humano, do que eu era.
Nenhum comentário:
Postar um comentário