quarta-feira, 26 de outubro de 2016

SÓ O QUE É FEITO PODE SER PERFEITO, OU REFEITO SE DEU MERDA...

 Em minha última viagem à Curitiba, depois de alguns contratempos, pude me dedicar as minhas andanças sem rumo com um câmera fotográfica na mão, adoro fazer isso, mais como exercício de observação e aventura do que de fato pra fotografar, selfie então só se o lugar for muito especial, pra validar esse marco simbólico do tipo "estive aqui". A selfie nas redes sociais por vezes me lembra o comportamento de vários animais, que dão algum jeito de marcar presença em seus territórios e usar essas marcações como elementos de interação social, os auto-retratos digitais talvez tenham se tornado uma espécie de feromônio virtual,que tal qual os orgânicos, funcionam muito bem... Às vezes... 
 Teorias bio-socio-virtuais á parte o fato é que dessas minhas caminhadas fotográficas costumam sair imagens bem significativas, desta vez a safra não foi das melhores, Curitiba tem cenários incríveis, pessoas bacanas e muito mais, inclusive um céu insistentemente nublado com chuvas intermitentes, alia-se a isso uma câmera meia boca e aquele je ne se quoi do contra... Pronto! As imagens não saem como o esperado.
Mas como estou tentando ser um pouco mais relax na auto-crítica, vou mostra-las assim mesmo! 
Se gostarem bem, se não... Amen.
























quarta-feira, 19 de outubro de 2016

UM TEXTO SOBRE A MINHA PRIMEIRA VEZ



Eu queria muito que acontecesse, mas sempre havia mais desejo que oportunidade, tinha também uma baita insegurança, e eu me perguntava se alguém realmente se interessaria pelo que tenho pra oferecer... Até que no meio de várias tentativas frustradas, em um mar de medos e desejos, um grande amigo de Curitiba me faz um convite, eu aceito e chegando lá... Tudo acontece!
Eu, Stênio e Dan nos divertimos tanto... Mas confesso que foi mais complicado do que pensei, nem tudo rolou com tanta facilidade, no final acabei achando que foi mais rápido do que eu gostaria, e o lugar onde tudo aconteceu não era tão glamuroso quanto eu imaginava... Mas os problemas não impediram de partilhar tanto prazer, com pessoas que eu nem sabia o nome, homens e mulheres, de várias idades, unidos por toda aquela fluidez... 
Só posso dizer com certeza que foi lindo e quero mais, muito mais, e com quantos mais parceiros e parceiras melhor!


E foi assim que aconteceu a minha primeira exposição, a primeira vez que mostrei em uma galeria de arte meu trabalho como artista, justamente a última série de desenhos, que compõe o painel Nouvelle Fluidité - A nova fluidez, que investiga as tramas, os encontros, o desejo de mudança e a inquietude, numa abordagem simples, buscando dialogar com o banal e o cotidiano, amparando os desenhos em meras folhas de papel coladas sobre uma parede, dispensando suportes caros, super complexos, ou qualquer outro meio pouco acessível, o que tentei oferecer foi a possibilidade do público experienciar um pouquinho de reflexão sobre a liquidez de nossa existência, a impermanência de tudo, tão pertinentes ao nosso tempo e alardeada por muitos pensadores contemporâneos, bem como potencializada nas banalidades das redes sociais. 

Nessa modesta apresentação durante o INTERARTE II, na galeria da Escola de Música e Belas Artes do Paraná - EMBAP em Curitiba, eu ofereci a minha arte como água, aquela que é bem comum a toda humanidade, que mata a sede, não importa se bebida em taça de cristal ou quando aparada entre as mãos nuas, basta deixar ela fluir até se saciar...




Ps: Aproveito pra deixar os meus agradecimentos ao meu irmão de fé na vida Stênio Soares, à todxs envolvidxs na organização do Interarte II, aos responsáveis pelos eventos da EMBAP e especialmente a quem dedicou uns minutinhos de suas vidas e deu uma olhadela no meu painel. 

Para saber mais sobre o Interarte acesse: www.interartell.com.br/inicio

Crédito referente à última imagem: Leonardo Savaris, foto clicada em evento promovido pelo Coletivo Consciência Coletiva em 2015.




sábado, 1 de outubro de 2016