Mais uma vez, no
meio da repercussão de tantas tragédias ficou impossível não assumir uma
postura reflexiva, o que tem me ajudado a avistar alguns cais de esperança
nesse mar de lama e sangue que corre mundo afora. Tomando como ponto de partida
meus humildes conhecimentos na história do Brasil e do mundo é fácil perceber a
nossa tendência da centralização de soluções, onde os problemas existem para
todos, mas quem deve resolver é o governo (presidente ou presidenta...), as
autoridades, os especialistas, sempre os outros, em ultima instância as
deidades (Deus, Oxalá, Buda, Alá...), se não por milagres estes entes
superiores devem nos dar suas formulas mágicas perfeitas, a formula do amor, do
sucesso ou qualquer mandinga que leve ao extermínio da fome, da celulite, da
intolerância e da calvície.
Essa tendência (não
vou entrar no mérito de sua origem!) nos leva a uma mania de viver em escolhas
binárias e/ou cegamente limitadas, fragmentarias e egoístas, onde não importa
do que se trate, "sempre" haverá alguém X ou a solução Y que
resolverá tudo, basta escolher a opção certa (apertar um
botão,votar,curtir,rezar...) e pronto, a magia será feita e sem esforço, todos
viveremos num interminável e feliz comercial de margarina.
Enquanto não
abandonarmos as escolhas binárias, os problemas humanos (objetivos ou
subjetivos) nunca terão fim. Não há um salvador perfeito, não há uma formula
infalível, cada indivíduo consciente (o tempo todo) é parte dessa tal
"solução universal", nós somos a sociedade, os sistemas políticos e
econômicos e parte do divino também, e talvez só a junção profunda de toda essa
grandeza e diversidade produzam alguma saída, tão grande e diversa quanto
nossos obstáculos à evolução, basicamente, para se alcançar isso basta não atentar mais ao que nos estratifica e distancia e focar no que nos une, o simples fato que somos todos humanos, possuidores dos mesmos direitos, eu,você e o outros (que para eles somos eu e você...), portanto mãos à obra e pé na estrada!
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